O grande prémio atribuído pelo grupo editorial foi entregue hoje (06/11) na sede da empresa, em Alfragide. A vitória do publicitário e escritor Nuno Miguel Silva Duarte com o livro “Pés de Barro” foi anunciada por Manuel Alegre, presidente do júri. O autor luso sucede a dois escritores brasileiros – galardoados em 2022 e 2023.
Segundo a justificação do júri, trata-se de uma “obra que atualiza a tradição do romance político-social e polariza o seu realismo histórico no quotidiano de um pátio em Alcântara e nas razões de viver dos que nele se acolhem. Através de movimentos com diferentes horizontes de sentido para concretizar esse signo de logro de desastre em que a ponte se constituiu, ‘Pés de Barro’ encaminha-se para o anúncio metafórico do 25 de Abril”.
O enredo tem como pano de fundo a construção da primeira ponte sobre o Tejo, em Lisboa, e oferece um retrato do Portugal dos anos sessenta. Por um lado, o livro aborda a formação de um exército proletário para a construção da ponte e, por outro, as primeiras partidas do exército para a guerra colonial.
Já o CEO da Leya, Pedro Sobral, destacou a importância do prémio, lançado em 2008, para celebrar o poder da palavra em português e da celebração da língua. Com a maior participação de sempre, o grupo recebeu 350 originais de Portugal e 708 do Brasil – para além de obras provenientes de diversos outros lugares. No total, 1123 textos concorreram à distinção.