“O Protocolo Caos”, editado pela Planeta e lançado em outubro, é a nova produção do escritor português José Rodrigues dos Santos – que já vendeu mais de 3 milhões de livros.
As fantasias de seus livros de ficção (que já totalizam 26 livros de uma produção iniciada com “A Filha do Capitão”, em 2001) já viajaram em vastas amplitudes de tempo e de espaço – percorreram a História e o globo (do Irão ao Tibete em “A Fórmula de Deus”, na Amsterdão do século XVII em “O Segredo de Espinoza”, o mundo de Cristóvão Colombo em “Codex 632”, Antártida, Estados Unidos e Barcelona em “O Sétimo Selo”, a Alemanha do 3º Reich em “O Manuscrito de Birkenau” e até o sequestro do papa em “Vaticanum”).
“O Protocolo Caos” inicia-se em três diferentes frentes: logo a abrir, um massacre com descrição semelhante ao ocorrido na Nova Zelândia em 2019, onde um lunático de extrema-direita abriu fogo numa mesquita e assassinou 51 muçulmanos. Aqui o facto vem com uma revelação surpreendente: aparentemente o atirador é o próprio Tomás Noronha – o criptoanalista que protagoniza uma série de dez livros de José Rodrigues dos Santos.
Mais tarde, enquanto tenta reconquistar a mulher, vai se deparar com uma médica brasileira foragida após tentar evitar uma contaminação no seu país com o vírus Zika. Em função de algo que correu mal, ela se esconde em Lisboa, onde recebe violentas ameaças diárias e é, aparentemente, considerada culpada pelos danos do vírus (essencialmente causando deficiências congénitas nos bebês em gestação) no local onde vivia.
Na Rússia, por seu lado, um agente policial evita um tanto fortuitamente um atentado de enormes dimensões – onde diversas bombas colocadas sob os alicerces de um conglomerado de prédios residenciais cometeriam uma tragédia de enormes dimensões. Aparentemente, os chechenos estão por trás do feito.
Por fim, nos Estados Unidos, conta-se a triste história de um americano do sul a viver na flagelada “alameda do cancro”, em torno de um rio cercado de petroquímicas na Louisiana. A mais recente vítima é a própria esposa – que assiste ir morrendo aos poucos. Da paisagem desolada, a sua trajetória contínua em Nova Iorque.
Ao longo das páginas do novo livro do jornalista e escritor restará ao leitor saber como essas narrativas vão se encontrar e fundamentar uma “tese” anunciada na contracapa: a de que os “russos estão a usar as redes sociais para destruir o nosso mundo”.