Em mais um investimento do género pela coleção Bang (a forma de editora Saída de Emergência lançar os seus projetos dedicados à fantasia), “O Despertar do Caos”, de Ricardo C. Dias, passa pelas influências de pesos pesados como George C. Martin e Joe Abercrombie para apresentar um novo mundo de intrigas épicas aos leitores.

Ordem e caos são os elementos fundadores de todas as mitologias da Antiguidade e o autor lança-as aqui novamente num embate que se inicia com uma carta onde um misterioso personagem propõe o lançamento do caos para ele e os seus correligionários, voltarem a ser importantes como os mantenedores da Ordem. 

A partir daí e entrelaçado como uma velha profecia, quatro diferentes protagonistas e perspectivas de cruzam e vão construindo enredo – inicialmente situado numa cidade de vaga aparência medieval onde se desenrola uma série de execuções sumárias transformada em espetáculos públicos por um rei cruel e impiedoso, Kurgar.

Eles são Pepper, um intrépido jovem que, quando não está a disputar a posse de cães abandonados para a venda com um velho do local, arranja todo o tipo de trabalhos para ganhar algumas moedas. Ele será o primeiro guia de Saladin, um famoso e esquivo ladrão que, depois de finalmente apanhado, ganhou uma promissória do rei bastante indigesta: imiscuir-se na corte perigosa de Kurgar. 

Quem andou com ele até ali foi o seu captor, o imensamente mal-humorado Jarval – o qual, no entanto, guerreiro e com um vasto cortejo de mortes no currículo, procura um sentido no seu passado. Quem também anda por lá é Melurian, apresentada a distribuir porrada em matulões e movida por um sentido de vingança.

Ricardo C. Dias é sociólogo e envereda por aqui num dos seus grandes sonhos de infância: escrever um romance de ficção. “O Despertar do Caos” é o primeiro de uma série, à boa maneira dos livros de fantasia, inclui-se em “As Crónicas dos Três Cantos, livro 1”.  

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